Seja o diretor de uma grande empresa com vários caminhões na frota, seja um autônomo que faz alguns fretes eventuais, todos precisam economizar em momentos de instabilidade política e econômica do país.
E, ao contrário do que muitos motoristas e até frotistas pensam, manter a boa condição dos pneus é uma atitude que pode fazer muita diferença no bolso e no desempenho do veículo, sem falar no aspecto da segurança.
Como os investimentos para as trocas de pneus são altíssimos, o melhor caminho é prezar pela conservação e manutenção, e há diversas orientações importantes para manter a usabilidade deste material por mais tempo.
A primeira grande preocupação é em relação à calibragem, determinante para o desempenho dos pneus nas estradas. Para se ter uma ideia, cerca de 10% dos acidentes de caminhões são causados por deficiência na calibragem dos pneus, segundo o DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito).
A dica é realizar a calibragem ao menos a cada 15 dias, com os pneus frios. E um recado importante: calibre também o estepe!
Outra rotina de manutenção importante é a checagem do alinhamento e balanceamento dos pneus. Além dos acidentes, o desalinhamento afeta a vida útil do artefato circular, gerando também prejuízos financeiros causados por desgaste.
Já o rodízio entre os pneus é mais uma dica valiosa que pode ser encontrada nos manuais dos fabricantes. A troca de posição entre os eixos do veículo diminui a diferença no desgaste e deve acontecer a cada 10 mil quilômetros rodados. Os pneus externos, que sofrem mais pelo contato direto com a estrada, sempre deteriorarem mais rápido do que os demais.
A limpeza dos pneus e rodas, embora pareça bobagem, é mais um cuidado que vai além da estética. Porém, evite utilizar produtos agressivos, como querosene e abrasivos. Um jato de água forte já é o suficiente para ajudar a tirar o barro e outros materiais que possam cortar a borracha.
Por fim, fique atento às leis também. Segundo a resolução nº 558/80 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), os sulcos dos pneus não podem ser menores que 1,6 mm de profundidade.
Os sulcos são cortes feitos ainda na fábrica e indicam o quão gastos estão os pneus. Todo item abaixo desse limite é considerado careca e sem as condições ideias de rodar pela estrada.